Alvaiázere é um refúgio de tranquilidade no centro de Portugal. O seu nome carrega a memória da presença árabe e as suas montanhas a força da natureza que moldou as suas grutas e algares. As serras de Ariques, do Castelo, da Portela, de Casal Soeiro, da Ameixeira e do Mouro são os braços que envolvem e guardam as muitas riquezas a descobrir. Há, por lá, muito para fazer: reencontrar a genuinidade por bosques de um intenso verde, por vales intocados pela civilização e seus cursos de água, por vinhedos, olivais e casario branco e ocre; fusão em fragâncias e cores, numa viagem escrita pelos aromas do alecrim, do rosmaninho e pelo colorido das orquídeas; viajar até à pré-história nas antas do Rego da Murta, ou até à civilização romana na Villa da Rominha; admirar os invulgares Megalapiás; conhecer grutas com espantosas estalactites; orar na capela da Nossa Senhora dos Covões; mergulhar no horizonte do cume da serra e tocar com a ponta dos dedos a serra de S. Neutel, do Caramulo, de Cernache do Bonjardim, da Sertã, a vertente Sul da Serra da Estrela, a do Sicó, a serra d’Aire, e, em dias mais límpidos, o mar; com a mesma mão que alcançou a distância, há ainda que colher o pequeno chícharo, que elegeu Alvaiázere a sua capital.